16 de setembro de 2011

Oficinas Casos e Descasos em Saúde do Trabalhador II, III

Na oficina Casos e Descasos em Saúde do Trabalhador II ( 02 /09/2010) o grupo apareceu um novo perfil de participantes, com estar no trabalho em tempo integral sem poder sair ou ter um intervalo adequado com a grande pressão em se alcançar resultados. Tal fator deixava claro o sofrimento desses trabalhadores para darem conta das pressões do trabalho pelo modelo atual da gestão por competência.

Na oficina Casos e Descasos em Saúde do Trabalhador III (30/09/2010) foram trabalhados com dois grupos de alunos de vários cursos, como psicologia, serviço social e pedagogia. A fala que mais evidente foi de uma professora que trouxe a questão de se pensar a medicina e suas práticas como um ritual que foi constituido ao longo na nossa sociedade, para o termo “Doutor”. Como se a palavra do médico tivesse um peso tão grande que muitas vezes se torna decisiva na vida das pessoas como a palavra final. Pode-se falar que muitas vezes as práticas médicas estão numa posição de juidicializar a vida porque foi permitido por nós manter esse lugar. Percebe-se, então que nosso corpo esta submetido a uma decisão de alguém que não sente que sentimos, mas que fala o que temos. O médico determina o que temos,o que teremos, o que tomar, o quanto tempo teremos de descanso e etc. Um corpo que não é seu, pois ele foi fragamentado e determinado por nexos epidemiologicos.

Na oficina Casos e Descasos em Saúde do Trabalhador IV (30/10/2010), composta por alunos do curso de psicologia, a grande questão foi o delineamento do campo efetivo de intervenções do psicólogo do trabalho, visto ser este, um campo minado pelas pressões do mercado que cristalizam e barram resistências de todos os trabalhadores. Como atuar em um campo de prática onde a referência seja a saúde ampliada, o respeito pela alteridade do outro. Precisamos de implicação, da vivência dos afetos, onde afetamos e somos afetados pelos acontecimentos, assim, pensar de outra forma é primordial para não sermos capturados pelas armadilhas do saber, que se apresentam como verdades absolutas e nos aprisionam em medos que podem nos fazer sempre repetir o que está dado.

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