16 de setembro de 2011

II Mostra de Psicologia UVA

Na II Mostra Regional de Práticas em Psicologia, ocorrida na Universidade Veiga de Almeida, em julho, foi apresentado o projeto em sua parceria com o Sindicato e das práticas de intervenção que foram sendo construídas em seu percurso: plantões, encontros coletivos com os trabalhadores, oficinas ampliadas. Foi apresentado também seu objetivo geral que era a oficina atuar como dispositivo de análise em Saúde do Trabalhador e disparar discussões acerca da produção de subjetividade no discurso da competência do trabalho contemporâneo e suas implicações no processo de adoecimento, a partir dos relatos dos trabalhadores bancários sobre suas vivências cotidianas.

Foi apresentado também um ponto do histórico, em termos de saúde do trabalhador, que embasa o projeto e o contextualiza, como os três marcos na evolução histórica dos trabalhadores. Num primeiro momento, durante o século XIX, os trabalhadores engajaram-se na luta pela sobrevivência que condenava a duração excessiva do trabalho. Não se fala em “saúde” em relação à classe operária, mas “viver para o operário é não morrer”. Em um segundo momento, da Primeira Guerra Mundial a 1968, a luta é pela saúde do corpo que conduzia à denuncia das condições de trabalho, relacionados aos riscos físicos, biológicos, químicos, mecânicos e ergonômicos. Já num terceiro momento, após 1968, a luta é quanto ao sofrimento mental, resultado da organização do trabalho, como a divisão do trabalho, o conteúdo da tarefa, o sistema hierárquico, as modalidades de comando, as relações de poder, as questões de responsabilidade etc.

Foi contextualizado também o momento pelo qual os trabalhadores passam atualmente dentro de um mercado de trabalho flexível e suas implicações em termos de sua saúde.

Falou-se da prática que se propõe a ser transdisciplinar na medida em que busca ultrapassar especialidades e debater com outras áreas e profissionais, além de estudantes e trabalhadores.

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