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16 de setembro de 2011

XV Semana de Extensão UFF

Na Semext de 2010, foram apresentados dois trabalhos pelas bolsistas. No trabalho “Inventando Possibilidades: Potencializando Intervenções em Saúde do Trabalhador através de Oficinas”. A relatora bolsista Fernanda Andréia Braga de Castro deu ênfase à atividade desenvolvida nas oficinas, novidade no nosso projeto este ano. A proposta de um diálogo entre a prática da Extensão no Sindicato dos Bancários em Niterói e a produção das oficinas Casos e Descasos em Saúde do Trabalhador foi o temática trabalhada nesta apresentação, que contou com apresentação de slides e o apoio de todos os colaboradores do projeto, que estavam presentes.

A extensionista explicou à banca analisadora e aos demais presentes quais as propostas principais do projeto e como ele se dava em campo no sindicato, por meio dos plantões. A partir dali, expõe ao público como surgiu a demanda pelas oficinas e relatou como elas são confeccionadas e como dão na prática.

Por meio de arquivo fotográfico e material bibliográfico coerente com os estudos realizados pelo grupo, relatou ainda o que se produzia nesses encontros extra-campo, apontando assim a importante relevância social dessa atividade.

No trabalho “Modos de Intervenção em Saúde do Trabalhador: um dispositivo de análise”
a extensionista bolsista Betanea Padilha Andrade apresenta a proposta do projeto de utilizar diferentes dispositivos como meio de análise em saúde do trabalhador. E seu principal objetivo era promover a “falação” em saúde do trabalhador. Possibilitando desconstruir tais modelos atuais que buscam silenciar as dificuldades, o sofrimento, as angústias que um ambiente de trabalho cada vez menos saudável desencadeia nos trabalhadores independente do ramo de trabalho no qual estes estejam a atuar.

Entre tais dispositivos estão os plantões com os trabalhadores bancários, as oficinas ampliadas abertas a comunidade, o blog em saúde do trabalhador, o encontro coletivo com os trabalhadores bancários em parceria com o sindicato dos bancários de Niterói, o grupo de estudo, as pesquisas bibliográficas em saúde do trabalhador, a participação em eventos falando em saúde coletiva e saúde do trabalhador, etc.

A proposta dessas práticas, então, consiste em criar um espaço para além de uma clínica voltada para o trabalho com viés terapêutico, mas sim político e ético; através de uma pesquisa-intervenção onde o discurso encarnado se tece pelas falas dos trabalhadores, independente do segmento onde estes atuem, e que também se amplia em um movimento transdisciplinar, a medida que, se processa em espaço aberto à comunidade, envolvendo profissionais diferentes, pesquisadores, professores, alunos, propiciando a polifonia nos modos de intervenção.

O projeto embora tenha uma estrutura, uma base, ele é fluido, ou seja, ele está aberto para a construção de novas intervenções, porque a proposta, na medida em que se trata de um projeto de cunho acadêmico, proporciona aos alunos participar intensamente na sua criação. Assim, ele se apresenta aberto aos acontecimentos que venham a atravessá-lo, de acordo com a criatividade do grupo em questão, ou seja, ele se propõe a desenvolver ferramentas que instiguem o pensamento.

Esse aspecto é muito interessante do ponto de vista da formação desse profissional “psi” com pensamento crítico e inserido tanto na sua comunidade, quanto inserido em termos de uma visão de mundo mais abrangente, que é sempre fonte de intensos questionamentos e debates pelo grupo, que busca levá-lo para fora dos portões da universidade. Já que se trata de uma universidade pública, e consequentemente de um investimento público é preciso pensar no retorno que trará para a sociedade da formação desse profissional.